sábado, 5 de setembro de 2009

É o que nos Domina

Composição: Pedro Guerra/Lenine/Robney Assis
Tienen miedo del amor y no saber amar
Tienen miedo de la sombra y miedo de la luz
Tienen miedo de pedir y miedo de callar
Miedo que da miedo del miedo que da
Tienen miedo de subir y miedo de bajar
Tienen miedo de la noche y miedo del azul
Tienen miedo de escupir y miedo de aguantar
Miedo que da miedo del miedo que da
El miedo es una sombra que el temor no esquiva
El miedo es una trampa que atrapó al amor
El miedo es la palanca que apagó la vida
El miedo es una grieta que agrandó el dolor
Tenho medo de gente e de solidão
Tenho medo da vida e medo de morrer
Tenho medo de ficar e medo de escapulir
Medo que dá medo do medo que dá
Tenho medo de acender e medo de apagar
Tenho medo de esperar e medo de partir
Tenho medo de correr e medo de cair
Medo que dá medo do medo que dá
O medo é uma linha que separa o mundo
O medo é uma casa aonde ninguém vai
O medo é como um laço que se aperta em nós
O medo é uma força que não me deixa andar
Tienen miedo de reir y miedo de llorar
Tienen miedo de encontrarse y miedo de no ser
Tienen miedo de decir y miedo de escuchar
Miedo que da miedo del miedo que da
Tenho medo de parar e medo de avançar
Tenho medo de amarrar e medo de quebrar
Tenho medo de exigir e medo de deixar
Medo que dá medo do medo que dá
O medo é uma sombra que o temor não desvia
O medo é uma armadilha que pegou o amor
O medo é uma chave, que apagou a vida
O medo é uma brecha que fez crescer a dor
El miedo es una raya que separa el mundo
El miedo es una casa donde nadie va
El miedo es como un lazo que se apierta en nudo
El miedo es una fuerza que me impide andar
Medo de olhar no fundoMedo de dobrar a esquina
Medo de ficar no escuro
De passar em branco, de cruzar a linha
Medo de se achar sozinho
De perder a rédea, a pose e o prumo
Medo de pedir arrego, medo de vagar sem rumo
Medo estampado na cara ou escondido no porão
O medo circulando nas veias
Ou em rota de colisão
O medo é do Deus ou do demo
É ordem ou é confusão
O medo é medonho, o medo domina
O medo é a medida da indecisão
Medo de fechar a cara
Medo de encarar
Medo de calar a boca
Medo de escutar
Medo de passar a perna
Medo de cair
Medo de fazer de conta
Medo de dormir
Medo de se arrepender
Medo de deixar por fazer
Medo de se amargurar pelo que não se fez
Medo de perder a vez
Medo de fugir da raia na hora H
Medo de morrer na praia depois de beber o mar
Medo... que dá medo do medo que dá
Medo... que dá medo do medo que dá


Lenine e Pedro guerra sinsetizam e enumeram uma série de atitudes que paralisam as pessoas e engessam as relações humanas.Toda letra gira em torno de uma sensação psicológica que nos é cada vez mais presente que é o medo. O medo segundo a psicologia é inerente ao ser humano e é benéfico até o ponto em que tem a função de nos tornar prudentes e responsáveis por nossos atos. No entanto , enquanto patologia é uma fonte de sofrimento inimagináveis a quem é acometido pelo mesmo. Pesquisas já revelam que a depressão é a doença que mais cresce no Mundo e que modelo de vida a que estamos submetidos gera uma enorme aflição diante do futuro. Somos escravos do momento, o que ha por vir é incerto , por isso somos impelidos a nos prendermos ao instante, ao agora . É o instante já!
No século XVII e XVIII o homem também vivia essa crise de paradigmas . Essa crise na época gerou um homem conflituoso, aflito e
impotente diante a vida. Esse era o homem barroco: sensualista , dúbio , dicotômico , paradoxal e antíteco. Assim era a padrão conportamental do homem do século XVIII . O Barroco foi um período de grande instabilidade política e social as quais seriam sentidas nas artes e sistemas de pensamento. A estética da arte barroca é resultado desse estado de espírito medroso que se instaurou no século XVIII. Hoje, século XXI não parece ser diferente. As instabilidades e falta de paradigmas nos torna como no barroco, seres em crise . Somos cada vez mais paradoxais e caóticos. Somos mais uma vez invadidos por sentimentos que foram vividos a quase cinco séculos atrás. O medo paralisa.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Olho de Peixe

Este texto foi extraido do site Overmundo
Primeira Capa de LP desenhada no Brasil por Paulo Brèves (Sinter, 1951)
Em comparação a outras artes aplicadas, são relativamente recentes as artes gráficas no Brasil. A proibição da imprensa, que perdurou até a vinda da Família Real em 1808, trazendo em sua bagagem a primeira prensa tipográfica “legalizada” (inventada no século 15, não esqueçamos), ocasionou-nos um sensível atraso nesse setor. Isto é flagrante, por exemplo, em relação a América espanhola, que incentivou a imprensa desde os primórdios da colonização (e sua consequente produção de livros e literatura – uma outra grande falha na nossa formação cultural com efeitos sentidos até hoje).Em termos absolutos, portanto, o design gráfico brasileiro é bastante recente. Curiosamente, no entanto, no design de capas de discos, somos pioneiros ao lado dos EUA, Inglaterrra e França. Se a primeira capa de disco long-play é produzida em 1948 por Alex Steinweiss na recém criada Columbia Records, já em 1951 Paulo Brèves desenha a primeira capa de Lp no Brasil para a Sinter (distribuidora da Capitol). Mesmo assim, são apenas 50 e poucos anos de cultura visual do disco em nosso país.Atualmente, para o designer, a primeira vista, o espaço diminuiu. Dos 31 x 31 cm do LP restaram 12 x 12 cm no CD; a distribuição musical pela Internet e o iPod nos levarão para caminhos ainda insuspeitados: nunca mais uma capa como Milagre do Peixes, de Milton Nascimento, que se abre num poster de 90 cm com a letra de cada música em papéis coloridos independentes. Ou a Blitz 3 com três versões de capas impressas em cores diferentes.Mas, a mística continuara' para sempre: nunca mais esqueceremos o "Álbum Branco" dos Beatles ou as "cabeças cortadas" do primeiro disco dos Secos e Molhados. E por mais que ouçamos, queremos também “ver e tocar”. Procuramos, talvez, uma “confirmação” das emoções e sentimentos suscitados por aqueles sons. Pergunte aos amigos sobre algum disco marcante e as imagens gráficas das capas explodem na memória junto com os sons. Os discos eram “conceitos” e os projetos gráficos faziam parte dele.As capas (e os discos) irão permanecer? É pouco provável. Mas nos sobra uma certeza: elas representaram para o design gráfico uma reserva criativa e um espaço privilegiado que jamais serão esquecidos pelos fãs da música, do design e da cultura material do século 20.Se voce quiser conhecer um pouco dessa história leia o ensaio "A história do design das capas de disco no Brasil" (tambem uma versao em inglês) no Jornal Musical em:

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Camara de Ecos: Nasci sob um teto sossegado, Filho de Pai Árabe e uma Sertaneja Baiana, Agora entre meu ser Eo ser alheio a linha de fronteira se rompeu, A memória é uma ilha de edição, Samba: expressão das etnias negra ou mestiça do quadro da vida urbana brasileira; A quase catatonia do quase Cinema, Júbilo epifânico do Édem. Tenho os pé no chão por que sou de Sagitário.Mas a cabeça, gosto que avoe...